Desde que me entendo por gente, sempre acreditei que a moda vai muito além das roupas. Ela é linguagem, é expressão, é comportamento. Ao longo da minha trajetória profissional, explorei essa convicção através de diferentes papéis — como stylist, diretora criativa e coolhunter — sempre guiada por uma curiosidade profunda sobre como as pessoas se expressam e se transformam por meio daquilo que vestem.

Minha jornada começou como stylist, onde aprendi a escutar com os olhos. Cada corpo, cada pele, cada gesto me ensinava algo novo. Vestir alguém nunca foi, para mim, apenas sobre estética, mas sobre traduzir identidades e emoções em imagens visuais autênticas. Esse olhar afiado e sensível me levou naturalmente à direção criativa, onde pude expandir minha atuação e construir narrativas mais completas — editoriais, campanhas e projetos visuais que contam histórias com alma.

Como coolhunter, mergulho nas ruas, nas redes e nos movimentos sociais em busca do que ainda nem tem nome, mas já pulsa no coletivo. É nessa escuta ativa do presente — e às vezes do futuro — que alimento meu trabalho e minha inspiração. A moda, para mim, é um reflexo vivo da sociedade, e entender seus ciclos é também entender as pessoas, suas dores, seus desejos e suas transformações.

Apaixonada por comportamento humano, enxergo a moda como uma poderosa ferramenta de leitura cultural. Acredito na força do vestir como manifesto silencioso — ou barulhento — de quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir.

Minha trajetória é construída por esse olhar sensível, investigativo e estratégico, sempre em busca de narrativas que conectem estética, identidade e significado.